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segunda-feira, 11 de março de 2013

Com tornozelo lesionado, Medina perde, e Brasil dá adeus à Gold Coast


Último brasileiro que ainda estava na briga, paulista é derrotado por americano Brett Simpson na terceira fase da etapa de abertura do Circuito Mundial

Foram cinco dias botando o pé no gelo e torcendo por adiamentos. Desde que torceu o tornozelo esquerdo, na estreia, Gabriel Medina fazia tratamento intensivo. Nesta noite deste domingo (manhã de segunda-feira na Austrália), não houve jeito. O paulista teve de voltar a competir. Arriscou o máximo que pôde nas ondas de 1m em Snapper Rocks, mas não o suficiente para derrotar o americano Brett Simpson. O paulista de 19 anos se despediu na terceira fase da etapa de abertura do Circuito Mundial, na Gold Coast australiana. Ele era o último brasileiro que seguia na briga.
- Descansei por cinco dias. Vou tentar, estou confiante. Meu médico no Brasil disse que eu poderia surfar. Não entendo sobre ligamentos, mas me disseram que não é tão grave - disse Medina, pouco antes de entrar na água.
surfe Gabriel Medina na primeira fase no Mundial da Gold Coast (Foto: ASP)Medina para na terceira fase do Mundial da Gold Coast (Foto: ASP)
O início da bateria foi morno. Medina, com notas baixíssimas (3,17 e 2,50) saiu na frente. Brett esboçou uma reação ao tirar 4,33, até então melhor nota do duelo. Bastava 1,34 para o americano virar. E assumiu a liderança a 12 minutos do fim, com um mero 3,60. Mas aumentou a diferença dois minutos depois, com 5,33.
Medina trocou sua nota mais baixa por um 4,00 e ficou à procura de uma onda que lhe rendesse 5,66. Acelerou em uma direita, tentou um floater, mas caiu lá de cima.
Brett assustou com um 6,83, o que fez Medina passar a precisar de 8,16. Na onda seguinte, o brasileiro tentou dar o troco, mas não conseguiu pôr muita agressividade nas manobras: 5,53.
Gabriel agora só precisava de 6,64. E ganhou novo fôlego. Buscou forças para remar para mais uma onda, a três minutos do fim. Conseguiu uma boa manobra, mas não seguiu na direita até o fim - 3,87. Voltou a remar para trás da arrebentação, à espera de uma onda. Mas não havia mais tempo.
Na próxima fase não há eliminação. Os confrontos terão três surfistas: o vencedor passa direto às quartas de final; os perdedores caem para uma repescagem, com baterias homem a homem.
Baterias da terceira fase:
1. Adam Melling (AUS) x John John Florence (HAV) - W.O
2. Jeremy Flores (FRA) 15,50 x 13,13 Kai Otton (AUS)
3. Taj Burrow (AUS) 14,66 x 13,43 Filipe Toledo (BRA)
4. Julian Wilson (AUS) 13,80 x 12,27 Sebastian Zietz (HAV)
5. Michel Bourez (TAH) 17,90 x 17,57 Alejo Muniz (BRA)
6. Joel Parkinson (AUS) 16,04 x 14,77 Dane Reynolds (EUA)
7. Kelly Slater (EUA) 15,23 x 13,34 Dusty Payne (HAV)
8. Bede Durbidge (AUS) 15,00 x 12,50 CJ Hobgood (EUA)
9. Matt Wilkinson (AUS) 12,63 x 12,37 Josh Kerr (AUS)
10. Brett Simpson (EUA) 12,16 x 9,53 Gabriel Medina (BRA)
11 Jordy Smith (AFS) x Travis Logie (AFS)
12. Mick Fanning (AUS) x Nat Young (EUA)

Quarta fase - perdedores caem para uma repescagem:
1. Adam Melling (AUS), Jeremy Flores (FRA) e Taj Burrow (AUS)
2. Julian Wilson (AUS), Michel Bourez (TAH) e Joel Parkinson (AUS)
3. Kelly Slater (EUA), Bede Durbidge (AUS), Matt Wilkinson (AUS)
4. Brett Simpson (EUA)

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