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terça-feira, 4 de abril de 2017

Gilmara Cristina Prudêncio lesiona o joelho e está fora do Pan-Americano

A judoca de Praia Grande ( SEEL - e - Seduc), Gilmara Cristina Prudêncio (Descartari, Raito Express e Centro de Alta Performance Pandelo), 23 anos, sofreu grave lesão nos ligamentos medial e cruzado do joelho direito durante a disputa Grand Slam de Baku, no Azerbaijão, no último dia 10/03. Neste evento, ela terminou na quinta colocação, no peso leve (52 a 57 kg).

A lesão impede a atleta de lutar no Campeonato Aberto Pan-Americano que ocorreu nos dias 25 e 26 de março,  em Lima, no Peru. Gilmara fez exame médico em Santos, mas como lesionou-se numa competição representando a seleção nacional, a Confederação Brasileira de Judô (CBJ) agendou para esta semana exame de ressonância magnética em São Paulo, Capital. Dependendo da gravidade da lesão, a judoca Praiagrandense pode ficar até seis meses fora das competições.

"Infelizmente minha lesão foi séria e não poderei competir por um tempo. Agradeço a todos que manifestaram preocupação e carinho comigo", disse Gilmara. "Esse problema não vai atrapalhar meu sonho, minha caminhada para participar da Olimpíada de Tóquio 2020. Sim, ficarei parada por um período, mas garanto que voltarei mais forte que antes".

Seleção - Integrando a seleção brasileira adulta (fato inédito para um judoca de Praia Grande), Gilmara terminou em quinto lugar no Grand Slam de Baku, no Azaebaijão. Ela venceu, por ippon (golpe perfeito da modalidade), a atleta azerbaijana Gunel Bakirzada. Na sequência, foi derrotada, por pontos, pela chinesa Chen Ling Lien - que terminou como a campeã do evento. Na repescagem, superou outra azerbaijana Leyla Shahin, com novo ippon. 

Depois, na disputa do terceiro lugar, perdeu para a polonesa Julia Kowalczyk, também por ippon. No início do mês, fez duas lutas no Campeonato Europeu Aberto, realizado na cidade de Praga, na República Tcheca. Na primeira, venceu, por ippon, a tcheca Renata Zachova. Na segunda, foi derrotada, por pontuação, pela polonesa Anna Borowska. 

Em janeiro, Gilmara ficou em segundo lugar na primeira etapa da seletiva nacional classificatória para os Jogos Olímpicos de 2020, que ocorrem em Tóquio, no Japão. Assim, a judoca praia-grandense classificou-se para a seleção brasileira, juntamente com a campeã da seletiva Tamires Crude (campeã nacional adulta em 2016) e a já qualificada Rafaela Silva (campeã mundial em 2013 e olímpica em 2016). O trio defenderá o Brasil nas competições internacionais de 2017.

Currículo - Em 2016, Gilmara sagrou-se bicampeã (2015 e 2016) dos 64º Jogos Universitários Brasileiros (JUBs), campeã brasileira universitária de lutas (individual e por equipe), campeã regional, brasileira regional e da Copa São Paulo; terceira colocada no Paulistão Sênior e na 44ª Copa Kimonos Budokan. Fez parte do grupo que treinou com a seleção brasileira de judô sênior (adulta) que se preparou para disputar os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em agosto. Pelo segundo ano seguido (2015 e 2016), foi eleita a melhor da modalidade pela Atlética da Universidade Paulista (UNIP). A eleição levou em conta todas as lutadoras das 30 unidades da instituição no Estado. 

Ao longo da carreira, soma 12 medalhas conquistadas nos Jogos Abertos do Interior (é recordista local), foi campeã dos Jogos Regionais, Paulista sub-23, por faixa e estudantil; dos Jogos Abertos Brasileiros, estadual do interior, integrou a seleção brasileira sub-21 e disputou as Copas de Lignano, na Itália, e de São Petersburgo, na Rússia. Em 2010, entrou para a história do esporte de Praia Grande. 

No 74º Jogos Abertos do Interior, tornou-se a primeira atleta da Cidade a conquistar dois ouros numa mesma edição do certame e em duas modalidades diferentes. Ela foi campeã até 59 quilos, na luta olímpica; e no peso leve, no judô. Conquistou ainda, prata e bronze, nos torneios de judô por equipes e nague no katá (formas). Gilmara nasceu em Vinhedo, mas reside há mais de 10 anos no Bairro Tupi, em Praia Grande. Começou a praticar judô na escolinha da Cidade, na Escola Municipal José Padin Mouta. Chegou a integrar o Projeto Futuro de São Paulo.

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