O certame, finalizado sábado (7), ocorreu em Niterói, Rio de Janeiro.
Mais de 150 paratletas, de 12 Estados, competiram. A competição serviu como seletiva para a seleção brasileira permanente, que disputa os Jogos Mundiais da Associação Internacional de Esportes para Cegos, em 2011, na Turquia.
Com o resultado obtido, Moyano tornou-se reserva do selecionado nacional. Vale frisar que na primeira etapa do certame, em agosto, em São Paulo, ele faturou medalha de prata no Grand Prix Infraero de Judô para Cegos.
Histórico – Nascido em Bragança Paulita, Moyano reside há um ano no Bairro Mirim, em Praia Grande. Veio ao mundo sem visão (catarata congênita). Casado, é pai do pequeno Cauê, 6 anos. Começou no judô (faixa marrom) e no jiu-jitsu (faixa preta) aos 14 anos. Ministra treinamentos na Associação dos Deficientes de Praia Grande (ADPG), segundas, quartas e sextas-feiras, a partir das 17 horas.
“Vim para Praia Grande pensando em trabalhar e treinar. A Cidade tem uma ótima estrutura para a prática do judô e descobri que também reúne excelentes condições para os paradesportistas.
Atualmente, 15 alunos trabalham comigo. Tem sido muito legal. No próximo semestre, inicio meu sonho de cursar educação física”, destacou o judoca.
Pela quarta vez seguida (2008, 2009 e 2010), conquistou medalha em etapa do Grand Prix.
“Infelizmente, no Brasil não há campeonatos estaduais para cegos. No exterior, há mais opções. Lutei quase toda minha vida com atletas que enxergavam. Há três anos é que venho encarando os deficientes visuais. No judô não existe separação por grau de lesão, apenas por peso”, concluiu Moyano.
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